RESUMO MANTENDO-SE O CONTEUDO PARA SER LIDA OU CONTADA PARA PAJES.
Esta “Pequena História de Tia Neiva” mostra como um
Espírito sofre quando desencarna em desajuste. Lia com atenção e discuta com seu
grupo.
Certo dia, Tia Neiva estava sentada no Astral com pai
Joaquim das almas de Enoque quando um Espírito masculino andava de um lado para
outro sem sossego. Tia quis saber quem era aquele homem e Pai Joaquim lhe disse
que era Eugênio Frazão e tinha sido um
Coronel dos bons tempos. O Espírito se aproximou e cumprimentou. Depois quis
saber se Tia era “viva” e Pai Joaquim respondeu, descontraidamente, que somos
todos vivos e completou informando que Tia Neiva por suas grande mediunidade estava ali com eles.
O Espírito, então, começou a contar sua história:
“-Sou um pobre homem louco...Sou recém-chegado. Tenho
apenas 9 anos de desencarne. Vivia naquele pântano pedindo a Deus que me
deixasse sucumbir lá. Fui bem casado, tive dois filhos: um homem e uma mulher.
Ergui uma pequena Vila com amor e harmonia, esta Vila logo se
transformou em uma cidadezinha e eu não sabia que Deus tinha me concedido tudo
para ajudar àquela gente, naquele tempo difícil. Todos me respeitavam e tudo
teria dado certo se eu não tivesse escutado meu secretário, espécie de
ordenana, que era muito ligado ao padre do lugar. Ele me avisou que tinha
chegado um curandeiro, que estava fazendo trabalhos. Sem pensa, mandei que
fosse lá e mandasse o curandeiro parar com os trabalhos e não pensei mais no assunto
e viajei para a capital por uns 60 dias para fazer alguns negócios. E
assim,comecei na cidade grande a realizar meus negócios nas repartições
públicas e numa delas esbarrei com uma moça e derrubei-lhe a pasta pedi
desculpas e reconheci uma antiga namorada, Geruza, que partira para a França
quando seus pais a proibiram de se casar
comigo, dizendo que eu não merecia
confiança. Geruza, filha muito obediente fez o que os pais exigiam. Na força
que age sobre os que se amam, nos abraçamos e ficamos em seguida sem
graça,pedimos desculpas e não lembro o que conversamos, mas, sei que, sentimos
a crueldade da separação. Não marcamos outro encontro.
Retornei
à Vila; mas meu pensamento estava
distante. Só pensava na Geruza (Meu Deus, o que fui fazer naquela repartição?)
Oh!destino cruel! Interessante é que em nenhum momento senti diminuir o amor
que sentia por minha esposa. Comecei a pensar nas muitas famílias que viviam na
Vila e precisavam de mim...
Tia
Neiva, falou com ele que o entendia e que “o amor é a única grandeza absoluta
do Homem na Terra,o amor pelos filhos a fez amar todo o universo e que o amor
das almas gêmeas permite a nascimento do amor incondicional no ser humano. Pai
Joaquim até elogiou Tia dizendo que por ela ter aprendido muito na Terra estava
falando coisas lindas.
Então,
coronel, continuou:
“
Quando chegou à estação não tinha ninguém me esperando, apenas o secretário em
quem eu confiava. Ele começou a me dizer que o curandeiro não me respeitava e
continuava com seus feitiços. Por tudo que eu estava passando aquela notícia de
enfureceu e mandei que prendesse o curandeiro e lhe desse uma surra em praça
pública. O secretário, continuando com a maldade, disse que ninguém foi
`estação porque meu netinho estava muito doente. Eu amava demais a criança e
fiquei muito abalado. O que eu não sabia é que o curandeiro era um missionário
que Deus, observando minhas atitudes de amor e ajuda àquele povo, colocara ali
para evoluir os moradores da Vila e suavizar o encontro com o obsessor que era
meu próprio pai. Porém, preferi ouvir o
secretário que me envenenou com sua conversa. Hoje, eu sei que o missionário só
pode ouvir a voz do seu coração.
Quando
cheguei em casa, ouvia os tristes gritos
do povo, certamente pela prisão do curandeiro. Meus familiares me imploraram
para chamar o curandeiro para salvar o meu netinho que ardia em febre Peguei a
criança nos braços e pensei que tudo seria simples se eu, que fiz tantas
realizações, apenas com um gesto, uma palavra eu veria a criança morrer em meus
braços. Estava muito desajustado! Minha nora percebendo que eu não deixaria
buscar a ajuda do curandeiro; levantou-se e disse que ia buscar o mesmo. Não
falei nada e saí correndo, pois um impulso violento me fez sair dali. Corri até
sentir meu corpo leve e me transportei para os lugares onde meu pensamento me
levava, até chegar aqui e saber que tinha morrido na mata. Então fiquei sabendo
que tudo daria certo se eu não tivesse ouvido o ordenança: triste daquele que
ouve os fuxiqueiros! Então soube que o curandeiro era meu pai, que foi
instrumento para testar a minha humildade; e eu que me achava humilde, caí na
primeira prova. Não me encontrei com o curandeiro para pedir perdão e
desencarnei. Ele foi ter com Deus, pois
deve ter desencarnado devido á surra que mandei dar, e eu fiquei aqui.”
Pai Joaquim disse ao Espírito de Eugênio
Frazão que ele se enganou, que o barulho do povo na praça era devido a uma
velha que fazia graça e o ordenança não conseguiu chegar ao curandeiro com medo
do povo. Disse que a nora encontrou o curandeiro e o netinho foi salvo e todos
ficaram felizes até encontrar o seu corpo na mata. E, completou: “Você foi um
homem muito honesto, e pense sempre nesta lição, para que não tenha mais que
sofrer, para não mais julgar ou corrigir sem amar.